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O Canário e a Privacidade na era digital

A História dos canários nas minas de carvão

No século 19, era comum entre trabalhadores das minas de carvão a prática de monitorar o nível de gases tóxicos usando canários. Muito sensíveis a CO2, eram os primeiros a detectar os baixos sinais de oxigênio, sinalizando o momento em que os mineradores deveriam deixar a mina de carvão antes que fosse tarde demais.

Na presença de gases venenosos, como metano ou monóxido de carbono em excesso, o canário morreria antes que os mineradores sofressem ameaça às suas vidas. O canário servia, portanto, como alerta para o perigo! Um indicador biológico.

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Enquanto o canário estivesse cantando, os mineradores estariam seguros. O canário em silêncio estaria morto e sinalizaria a necessidade de fuga imediata.

O canário era o sinal de que algo invisível havia sido comprometido e por isso, no século 21, o canário virou o simbolo da privacidade.
Nos EUA e em algumas outras jurisdições, os provedores de serviços da Internet, os serviços de VPN e outras entidades podem receber mandados secretos, como intimações governamentais ou cartas de segurança nacional.

Esses mandatos das agências policiais são projetados para forçar as empresas a entregar quaisquer registros ou detalhes de seus clientes para investigação.

Mas geralmente são acompanhados de uma ordem de silêncio que impede a empresa de notificar o alvo de que foram submetidos a vigilância.

Um Warranty Canary é um método pelo qual um provedor de serviços de comunicação visa informar seus usuários de que o provedor recebeu uma intimação do governo, apesar das proibições legais de revelar a existência da intimação. Se o canário não for atualizado pelo período especificado pelo host ou se o aviso for removido do site ou rede social, os usuários devem assumir que a empresa recebeu uma intimação para expor informações dos usuários ou clientes.

A intenção é permitir que o provedor avise os usuários (incluindo o alvo) que o Governo violou a privacidade, sem violar tecnicamente a ordem judicial de não fazê-lo.